domingo, 25 de janeiro de 2015

O POSTALIS é um caso à parte

O blog do jornalista Luiz Nassif trouxe ontem (24/01) uma publicação sobre o Postalis mencionando mais problemas nas aplicações do Postalis.

A matéria está no link:
http://jornalggn.com.br/noticia/postalis-mais-uma-vitima-do-pacto-com-o-pmdb 

A partir da matéria, foram postados vários comentários, um dos quais transcrevemos a seguir, para reflexão de todos.

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O Postalis é um caso à parte

SAB, 24/01/2015 - 15:59
Embora a questão de fundo aqui seja o aparelhamento político-partidário dos fundos de pensão, em especial do POSTALIS, é importante destacar que o POSTALIS é um caso à parte, que merece muita atenção, pelos danos imensos que foram causados aos participantes e assistidos e pela completa falta de fiscalização que essa verdadeira "festa" indica. A situação ali é muito mais grave do que em qualquer outro dos grandes fundos brasileiros (PETROS, PREVI e FUNCEF, por exemplo).
O Postalis tem um fundo (BD), com pouco mais de R$ 5 bilhoes de patrimonio. Em 2013 e 2014, teve perdas atuariais de 3 bilhoes de reais, ou 60% do patrimonio (apenas em dois anos!). Embora o registro dessas perdas tenha sido feito em 2013 e 2014, muita coisa disso deve se referir a "problemas" ocorridos no periodo do "Russo", alem de outra parte que se deve à incompetência da direção seguinte de reverter a situação.
Em 2011 e 2012, esse fundo do POSTALIS ja tinha registrado perdas atuariais de R$ 1 bilhao, ou quase 20% do patrimônio.
Associações de empregados dos Correios, no desespero, ja pediram à PREVIC, desde agosto, intervenção no Postalis. E a PREVIC nada fez. De agosto a novembro, o fundo perdeu mais R$ 700 milhoes e, assim, vai caminhando para uma situação de insustentabilidade.
Mais de 90.000 famílias (e não 80.000) estão em risco muito sério de repetir a história do Aerus.
A questão aqui não é, portanto, entre PT, PMDB, PSDB ou qualquer coisa do gênero. Quem tentar reduzir a discussão a isso, colabora com a estratégia dos que se locupletam nesse caso.
A questão se refere à expropriação do patrimônio acumulado por mais de 90.000 trabalhadores com muito suor e sacrifício, por um conluio político que se apropriou do POSTALIS, amparado (ou liderado) por altos expoentes políticos.
Coitados dos Carteiros, que estão com suas complementações de aposentadoria em sério risco!
Estão mesmo sozinhos e desamparados nessa situação. E pagarão a conta!
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Representantes dos funcionários das estatais se queixam da Previc por fiscalização lenta e ineficaz

Amigos,
A matéria abaixo foi divulgada no fim de 2014 e observem que o POSTALIS nega o aparelhamento politico, precisamos Abrir a Caixa Preta do Postalis para debater com os Participantes e Entidades de Classe os problemas do Postalis e o Futuro da nossa Aposentadoria.
A votação para os Conselhos será realizada no período de 09/02 a 03/03/2015 pela Internet no site do Postalis e apresentamos a nossa proposta no site do Postalis para iniciar as mudanças na Gestão do Postalis.
VAMOS JUNTOS ABRIR A CAIXA PRETA DO POSTALIS.
Sergio Bleasby 21
Candidato ao Conselho Deliberativo do Postalis
Angelo Donga 03
Candidato ao Conselho Fiscal do Postalis
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Representantes dos funcionários das estatais se queixam da Previc por fiscalização lenta e ineficaz

Participantes formam grupo para combater aparelhamento político da fundação, dominada por PT e PMDB

POR ALEXANDRE RODRIGUES E DANIEL BIASETTO
23/11/2014 6:00 / ATUALIZADO 23/11/2014 13:22
RIO - As suspeitas de uma articulação política para direcionar fundos de pensão levantadas pela Lava-Jato coincidem com as denúncias de funcionários de estatais que contribuem para essas entidades. Um grupo de participantes de Petros (Petrobras), Postalis (Correios), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Previ (Banco do Brasil) realizou um encontro em São Paulo no último dia 12 para trocar informações e reforçar a participação nos órgãos de fiscalização das fundações para combater a ingerência política. Eles pretendem realizar um fórum com participantes de vários fundos no início de 2015.
Uma das integrantes do grupo, a presidente da Associação de Funcionários dos Correios (Adcap), Maria Inês Capelli, reclama da lentidão da Previc, reguladora do setor, à qual entregou um pedido de intervenção no Postalis. Ela denunciou como causa de prejuízos o aparelhamento político da fundação, dominada por PT e PMDB. A fundação coleciona operações controversas, como a perda de R$ 190 milhões com papéis lastreados em títulos de dívida da Argentina e a compra de notas relacionadas à dívida externa da Venezuela. Segundo Maria Inês, o Postalis acumula déficit atuarial de R$ 2,7 bilhões desde 2013:
- É como perder R$ 10 milhões por dia. Os trabalhadores dos Correios estão apavorados com as aposentadorias em risco. É preciso acabar com o aparelhamento político que toma conta dos Correios e do Postalis.
A presidente da Associação dos Participantes de Fundos de Pensão, Cláudia Ricaldoni, discorda:
- A Previc tem tomado bastante cuidado com todas as denúncias. Não concordo com os que acham que o órgão é lento e irregular em suas fiscalizações.
A Previc informou que, “como autarquia de supervisão, não trata publicamente de situações específicas, em face da necessária preservação de fatos e dados”.
Para Silvio Sinedino, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras e um dos conselheiros eleitos da Petros, tudo indica que os interessados em lesar os fundos preferem pequenas operações divididas entre várias entidades, que são mais difíceis de rastrear e chamam pouca atenção. Ele explica que, em vários fundos, gestores podem movimentar até 5% do patrimônio sem autorização do conselho deliberativo.
- Essa regra dá uma liberdade enorme, principalmente em fundos grandes. O equivalente a 5% num patrimônio como o da Petros é R$ 4 bilhões. Conseguimos aprovar mudança no estatuto e baixar isso para 0,5%, mas mesmo assim isso significa R$ 400 milhões. É muito dinheiro - diz.
Para Sinedino, só uma orientação externa explica o investimento de R$ 100 milhões de Postalis e Petros em debêntures lastreadas em matrículas da Universidade Gama Filho, no Rio, que fechou as portas em 2013 descredenciada pelo MEC. A universidade já estava mergulhada em dívidas e havia sido recusada por dois grandes grupos educacionais.
O currículo de alguns gestores dos fundos alimenta as denúncias de aparelhamento. Vários já passaram por outras fundações com indicações políticas ou de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Desde o início do governo Lula, em 2003, ex-integrantes do sindicato dos bancários de São Paulo dominam os principais fundos: Previ, Petros, Funcef e Postalis. João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, é originário desse grupo, assim como Wagner Pinheiro, ex-presidente da Petros e atual presidente dos Correios, que indicou o presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista. Este, por sua vez, já foi gestor da Petros e da Fundação Geap (de servidores federais).
FUNDOS NEGAM COORDENAÇÃO
Procurados pelo GLOBO, Petros, Postalis, Funcef, Refer e Serpros negaram ter negócios ligados aos doleiros Alberto Youssef e Fayed Traboulsi ou participar de qualquer grupo coordenado de entidades para fazer investimentos parecidos. A Refer disse ter sido informada da abertura de inquérito pela PF, ainda em fase inicial, mas atribuiu as denúncias do Sindepperj a uma “guerrilha” que seus integrantes estariam promovendo em busca de cargos na fundação e em outros fundos de pensão. A Refer afirmou que move processos judiciais contra dirigentes do sindicato. O Serpros informou que aguarda na Justiça a chance de reaver os investimentos no Fundo Patriarca e argumenta que não havia “nenhum indicativo que desaconselhasse a operação” quando da análise do investimento. Ainda segundo o Serpros, foram investidos no BVA apenas 2% do patrimônio da fundação, dentro do limite interno estabelecido.
A Petros negou operações relacionadas a Alberto Youssef e afirmou que todos os seus investimentos passam por análises técnicas internas e, no caso de títulos de crédito, exigem avaliações externas e garantias. De qualquer forma, está reavaliando processos. A entidade argumenta que, por se tratarem de grandes investidores de longo prazo, é comum que fundos de pensão privados e estatais participem de um mesmo investimento. Argumento parecido foi usado pelo Postalis, que também negou aparelhamento político. Segundo a fundação, a indicação de seus gestores é feita pelos Correios com base em critérios técnicos. A Funcef afirmou que possui “um modelo de governança exemplar no setor previdenciário” e que não tem atualmente entre seus gestores oriundos de outros fundos.
Em nota enviada ao GLOBO neste domingo, a Previ negou que esteja sendo alvo de uso político ou de má gestão e ressaltou que o fundo é "é reconhecido pelo seu avançado modelo de governança corporativa, com a composição de todos os seus órgãos colegiados de forma paritária entre patrocinador e participantes, estes elegendo seus representantes de forma direta".
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Aparelhamento político leva instituições a investir recursos em negócios suspeitos

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Mensagem de 19/01/2015

Prezado Colega participante e assistido do Postalis,

Você já fez as suas contas para saber quanto vai pagar para equacionar o rombo do Postalis? Se ainda não fez, vamos ajudá-lo a fazer seus cálculos. Se você é assistido do Postalis pegue o seu benefício e multiplique por 0,3. Por exemplo, se seu benefício é de 1.000,00 você irá pagar, aproximadamente, R$ 300,00. Se seu benefício é de R$ 800,00 você vai ter que pagar, estimados, R$ 240,00. Nesta situação temos mais de 21.000 famílias que serão chamadas a pagar uma conta que não tiveram a menor responsabilidade na sua realização.

Caso você ainda esteja na ativa o seu desconto médio mensal será de aproximadamente 20% do seu benefício saldado. Assim, se, por exemplo, você tem um benefício saldado de R$ 1.000,00, pagará R$ 200,00 todos os meses, até se aposentar, quando então passará para o mesmo desconto dos assistidos, ou seja, aproximadamente, 30% do seu benefício. Outra alternativa que poderá ser apresentada é a redução do seu benefício saldado, no caso do exemplo seu benefício seria reduzido de R$ 1.000,00 para R$ 800,00. Nesta situação, de ativos do Plano BD saldado estão mais de 78.000 colegas trabalhadores. Isso lhe parece justo?

E o pior, não há porque imaginar que essas contribuições extraordinárias deixarão de existir em curto prazo, isso se não houver novos rombos que aumentem nosso sofrimento. Os mencionados descontos representarão, por exemplo, considerando um prazo de 15 anos de vigência do equacionamento, no caso dos nossos colegas Carteiros, Atendentes Comerciais, Operadores de Triagem, entre outros, uma subtração da ordem de R$ 40 mil reais no seu patrimônio - o preço de um carro zero kilômetro!

Ou seja, depois de toda uma vida de trabalho duro, sério e dedicado nossos aposentados terão que abrir mão de parte significativa do seu conforto, lazer e tranquilidade para cobrir um déficit que é de responsabilidade exclusiva de quem colocou a gestão e o patrimônio do nosso fundo de pensão à disposição de interesses escusos e ilegítimos.

Precisamos é de uma gestão séria e eficiente do Postalis e de representantes que tenham independência política, senso crítico, coragem e compromisso com os participantes. Precisamos, acima de tudo, de um quadro de participantes conscientes dos seus direitos, que não se conforme com explicações simplórias que colocam nas costas do azar a responsabilidade pelos sucessivos insucessos do fundo. É com vigilância e pressão permanente dos participantes e com representantes bem escolhidos que as coisas podem começar a mudar no nosso instituto.

Angelo Donga 03
Candidato ao Conselho Fiscal do Postalis
http://angelodonganopostalis.blogspot.com

Sergio Bleasby 21
Candidato ao Conselho Deliberativo do Postalis
http://sergiobleasbynopostalis.blogspot.com

Mensagem de 12/01/2015

Prezado colega participante e beneficiário do Postalis,

Em nossa última mensagem tratamos da situação de risco que o Postalis vive atualmente, em especial o Plano BD Saldado. Como informamos, uma demonstração concreta de que estamos todos no mesmo barco e de que os prejuízos acumulados do Postalis afetam a todos nós indistintamente é a contribuição extraordinária que já estamos pagando e que poderá ter seu valor quintuplicado em 2015.

Dos rendimentos do Postalis de aposentados e pensionistas já estão descontando um percentual de aproximadamente 13% (9% de contribuição normal e 3,94% de contribuição extraordinária). Da mesma forma, dos rendimentos dos participantes ativos do plano BD vem sendo descontado adicionalmente 3,94%, como contribuição extraordinária.

Somando o déficit de 2012 (quase R$ 1 bilhão), os déficits de 2013, 2014 (R$ 2,8 bilhões até outubro) e o valor alusivo ao saldamento (RTSA = cerca de R$ 1 bilhão)) que a Empresa deixou de recolher desde fevereiro/14, temos o vultoso montante de cerca de R$ 4,8 bilhões a ser equacionado.

O equacionamento é obrigatório e pode ser feito de duas formas: com aumento das contribuições extraordinárias ou com redução dos benefícios. Nas duas hipóteses, os efeitos para os participantes ativos e para os aposentados e assistidos serão muito graves e pesarão no bolso.

Se a opção fosse pelo aumento da contribuição, por exemplo, poderíamos esperar que os descontos nos rendimentos dos aposentados e pensionistas subisse para algo acima de 30% (considerando a contribuição normal mais a extraordinária) e que fosse quintuplicada a contribuição extraordinária dos participantes da ativa, superando os 20%.

É isso que será imposto a todos nós, ativos, assistidos, aposentados e suas famílias: a humilhante e pesada conta dos erros e malfeitos de gestores escolhidos, mantidos e protegidos pela patrocinadora.
Pense bem! Você acha justo trabalhar a vida toda dedicada a uma empresa e ao final da sua jornada ser obrigado a pagar por erro ou má fé dos outros?


Se não acha, está na hora de escolher para representá-lo aqueles que se dispõem a lutar pela “abertura da caixa preta” do Postalis e pelo controle, em rédeas curtas, dos investimentos feitos pelo Instituto.

Angelo Donga 03
Candidato ao Conselho Fiscal do Postalis

Sergio Bleasby 21
Candidato ao Conselho deliberativo do Postalis

Mensagem de 05/01/2015


Prezados Colegas Participantes do Postalis,

Além da escolha de bons representantes para os conselhos do Postalis, precisamos desenvolver a consciência de que estamos todos no mesmo barco. O nefasto discurso da separação que vem sendo propagado no País e na ECT não pode encontrar eco no quadro de participantes e beneficiários do Postalis.

Pouco importa se o candidato ocupa um cargo de nível médio, técnico ou superior. O importante é se ele terá discernimento, caráter e coragem para ser intransigente na defesa dos nossos interesses, não se deixando convencer ou silenciar diante de situações que podem comprometer o futuro de todos nós. Se a gestão do Postalis for boa, será boa para todos ou, do contrário, será ruim para todos sem distinção.

E nem há que se falar em “esquerda” e “direita”. Prova disso é que estamos completando doze anos de um governo de “esquerda” e os problemas de gestão do Postalis continuam ocorrendo exatamente da mesma forma que ocorriam nos governos de “direita”. O debate não é ideológico ou se o candidato a representante dos participantes e beneficiários do Postalis é de esquerda ou de direita, mas sim se ele tem independência ideológica para se opor a qualquer ação politiqueira que queira usar nosso instituto para viabilizar projetos contrários aos nossos interesses.

Uma demonstração concreta de que estamos no mesmo barco e de que os prejuízos acumulados do Postalis afetam a todos indistintamente é a  contribuição extraordinária que já estamos pagando e que deverá ter  seu valor mais que quintuplicado para os participantes a partir de abril/2015, em razão dos prejuízos atuariais.

Rombo que todos, igualmente, teremos que pagar, mesmo não tendo responsabilidade alguma sobre os desvios e erros de aplicação do dinheiro do nosso fundo. Pense nisso! Esta situação afeta você, seu futuro e sua família.

Angelo Donga - 03
Candidato ao Conselho Fiscal do Postalis

Sérgio Bleasby - 21
Candidato ao Conselho Deliberativo do Postalis

Mensagem de 25/11/2014

Caros colegas participantes e beneficiários do Postalis,

Neste primeiro contato gostaria de convidá-los a fazer um pequeno exercício de imaginação que não deve levar mais do que alguns minutos.

1) Se você for participante do Plano de Benefício Definido (plano antigo), pegue seu comprovante de rendimentos e verifique na parte inferior do mesmo, no campo “Valor Benefício Saldado”, o valor que você receberia hoje do Postalis, caso viesse a se aposentar. Agora, imagine que, quando chegar o momento da sua aposentadoria, você não possa contar com esse valor.

2) Se você já é aposentado e recebe seu complemento de aposentadoria pelo mesmo plano, verifique o quanto ele representa na sua renda mensal e, também, imagine-se vivendo sem ele.

3) Se você estiver enquadrado em qualquer uma das situações acima , já deve ter notado que desde 2013 vem sendo descontada da sua renda mensal uma contribuição extra para cobrir o rombo de quase R$ 1 bilhão, contabilizado nas contas do Plano BD no balanço de 2012. Imagine, então, que já em 2015, o valor do referido desconto deverá ser triplicado. E por precaução, imagine que, mesmo assim, você não esteja completamente livre de viver as hipóteses imaginadas nos itens 1 e 2.

4) Se você for participante do Postalprev (plano novo), veja também no seu contracheque o valor da sua reserva de poupança neste plano. Imagine agora que este valor poderia ser bem maior se as aplicações do fundo não tivessem rendido negativamente em 2012 e 2013 e muito abaixo da meta em 2014 (até setembro). Saiba que a diferença entre o que renderam os investimentos do Postalprev e o que deveriam ter rendido nestes quase três anos é superior a 30%. E tenha em mente que esse prejuízo já está integralmente lançado na sua futura aposentadoria, pois, se no Plano BD os prejuízos são divididos com a patrocinadora, no Postalprev eles são só seus.

5)  E por fim, se você for participante dos dois planos, imagine que você pode viver todas as situações acima, ou seja, ver descontos cada vez maiores nos seus vencimentos para receber uma aposentadoria cada vez menor... isso se chegar a recebe-la.

Infelizmente, as situações acima projetadas não são meros exercícios de livre imaginação, mas sim hipóteses com razoável probabilidade de ocorrência. Nos últimos anos, os participantes do Postalis testemunharam um desfile nas manchetes dos principais jornais e revistas do País. E, a cada nova tragédia, fomos vendo o patrimônio do instituto ser diminuído em dezenas ou centenas de milhões de reais, até chegarmos, neste momento, em um déficit de R$ 2,8 bilhões, além do rombo de quase R$ 1 bilhão que já está sendo descontado dos nossos salários e de outro de mais de R$ 1 bilhão (RTSA) que deveria estar sendo coberto pela patrocinadora, mas não está.

A soma de todas essas contas nos coloca diante de um déficit de quase R$ 5 bilhões.
Temos os números, não temos as explicações. E se não temos as explicações, muito menos temos os responsáveis por tal situação. E na ausência de responsáveis, sobra para os participantes e aposentados cobrir um rombo que foi causado por gestores designados pela Empresa mediante indicações políticas, cujos interesses em nada coincidem com os dos participantes.

E uma das tantas perguntas que não querem calar diante deste quadro é, justamente, a que indaga sobre a atuação do Conselho Fiscal do Postalis neste processo. Será que um buraco desse tamanho consegue ser cavado sem emitir sinais perceptíveis? Será que nunca causou estranheza ao órgão de fiscalização do instituto, por exemplo, o fato de, em determinado momento, o Postalis não ter quase nada do seu patrimônio aplicado em títulos públicos?

Essas são algumas das reflexões que pretendemos fazer durante esta campanha. A exemplo do que já fizemos na eleição passada, e do que temos feito ao longo dos últimos anos, muito mais do que ambicionar um posto eletivo, nosso propósito maior é o de fomentar a consciência de que nós, os participantes, e mais ninguém, somos os únicos interessados em que os recursos do Postalis sejam corretamente geridos.

Sendo assim, meus prezados colegas participantes e beneficiários, ao tempo em que coloco meu nome à disposição de todos os que dependem do Postalis para viver uma aposentadoria de forma minimamente digna, conclamo-os também a participarem deste processo, refletindo, debatendo, denunciando e, principalmente, votando em quem ao longo do tempo tem demonstrado coragem, comprometimento e atitude na defesa dos interesses dos participantes. Você pode saber mais sobre minhas ideias no blog: http://angelodonganopostalis.blogspot.com

Como vimos, a eleição do Postalis é da nossa conta, presente e futura. E se a conta é nossa, tem que ser nossa a decisão.

Respeitosamente,

ANGELO DONGA – candidato ao CONSELHO FISCAL do POSTALIS